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Encaminhamentos Psicopedagógicos e Escolares

Nos últimos anos, o sistema educacional tem privilegiado abordagens que diagnosticam alunos com dificuldades de aprendizagem ou comportamento, comumente rotulados como “queixas escolares”. Essa tendência, no entanto, muitas vezes leva ao encaminhamento precipitado de crianças para tratamentos médicos, como se o problema residisse exclusivamente nelas. Mas será que o foco deveria ser apenas na criança? A realidade revela uma questão muito mais complexa.

A pesquisa de Thaís Emília de Campos levanta uma crítica contundente à forma como as escolas e equipes multidisciplinares têm tratado essas queixas. Há uma necessidade urgente de desconstruir a visão restrita que coloca o aluno como centro do problema e expandir a análise para todo o ecossistema escolar. A ausência de políticas públicas eficazes de saúde mental e educação que abordem, de forma integral, os aspectos emocionais, pedagógicos e sociais das crianças, agrava essa situação.

Quando a estrutura escolar falha em proporcionar um ambiente inclusivo e acolhedor, não só para crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas também para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o problema se perpetua. Questões como metodologias de ensino inadequadas, práticas pedagógicas obsoletas e falta de preparo dos educadores são frequentemente ignoradas, transferindo toda a responsabilidade do fracasso para a criança.

Esse modelo centrado no diagnóstico médico desconsidera o impacto dos relacionamentos interpessoais e da dinâmica escolar sobre o desempenho acadêmico e emocional dos estudantes. A falta de políticas públicas que priorizem a saúde mental no ambiente escolar e a ausência de uma educação que atenda, de forma integral, às necessidades dos alunos são grandes responsáveis por essas falhas. Portanto, não se trata apenas de uma questão individual, mas de uma crise estrutural que precisa ser endereçada urgentemente.

Ao descentralizar o foco do aluno e incluir a análise do contexto escolar, é possível criar estratégias mais eficazes e humanas para lidar com as dificuldades enfrentadas pelos estudantes. Isso implica reconhecer a responsabilidade coletiva — da escola, do sistema educacional e das políticas públicas — no desenvolvimento de soluções que realmente apoiem o aprendizado e a saúde mental dos alunos.

Thaís Emília de Campos é doutora em Educação e atende como Psicanalista e Psicopedagoga. Para agendar atendimento clínico e consultoria, entre em contato pelo WhatsApp (11) 94608-0362. Ela atende preswencial nas cidades de São Paulo e São José do Rio Preto. E, virtual em todo Brasil.

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